terça-feira, 25 de agosto de 2009

Fuga


O vento cala a voz do choro que me acorda,
A chuva molha meu rosto sem sorriso,
Seu não ecoa dolorido em meus ouvidos,
A ilusão que alimento me consola.

A sua fuga sem explicação não convence,
Sua promessa sem vida me consome,
Ignoro seu cheiro que se estende,
Tento apagar sua imagem que não some.

Invento flores em meio a pedras,
Retiro a música desse meu silêncio
Que aprendi a aceitar.

Enfrento a dor que me entregas,
Minto sobre tudo que intento
Com medo de confessar.

Bruna Geovanini

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