terça-feira, 29 de setembro de 2009

Descanso!


É essa falta que me mata,

Que me faz ver!

É essa distância que nos separa,

Que me faz entender!

É esse choro que me escapa,

Que me faz confessar!

É esse silêncio que me cala,

Que me faz escutar!

É essa vida que descubro,

Que me faz viver!

São essas perguntas que oculto,

Que me instigam a responder!

É esse desejo de quase nada,

Que me esconde o desejar!

É essa vontade de quase tudo,

Que me faz negar!

Negar que duvido,

Negar que acredito,

Negar que confio!

É essa certeza que te amo

Que me faz esperar!

É esse amor que tenho

Que me faz descansar!





Bruna Geovanini Varniër

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

A maldita Hiena interna!!!


Como brinca essa garota!

Com sorrisos e olhares.

Seus lábios dançam em sua face em caretas e brincadeiras!

Seus pés são leves e sua mente rápida.

Sorrisos estampam sua sagacidade,

Seu olhar de lado e seu riso torto

Encantam os que a conhecem e

Irritam quem a odeia!

Nada lhe faz triste,

Nem a faz chorar!

Sua idéia é saltitante e sua presença elitrizante!

Como brinca essa garota!

Ela é forte e sa atrás do fraco.

Zomba dele e o puxa para brincar!

Ela é bela e insinuante,

Atrai o tolo e o empurra sem pena.

Ela ouve a música e puxa o quieto

Canta pra ele e o esquece!

Como zomba essa moleca!

Apaixona o mago e só sossega para escutá-lo!

Como ama essa mulher!

Seu sorriso se torna infantil e sua dança cessa.

Como ama essa mulher!





Bruna Geovanini Varniër


domingo, 20 de setembro de 2009

Perdida


Quanto mais procuro mais de mim

Menos parecida eu sou com o que vejo

Quanto mais eu fujo

Mais me pego olhando para o medo

Quanto mais eu tento ser

Menos me torno

Quanto mais eu tento entender

Menos sou compreendida

Quanto mais eu tento ser eu

Menos sei quem sou

Quanto mais eu tento falar

Menos me ouvem

O silêncio me fará entender

E eu espero que meu calar

Doa em todos

E que o mistério sobre mim

Caia como culpa sobre eles

Não vou mais me explicar

Apenas me entender!





Bruna Geovanini Varniër

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Você e eu!


Num sonho com cheiro almiscarado

Vi teus olhos de mel e neve

Um caminho verde de flores frescas

E uma lagoa rasa dos teus lábios



Vi o céu cobrir-se em uma chuva quente

E um vento gélido de doces cheiros

Uma canção de fluídas rimas

E uma letra de insanas línguas



Saio ao encontro dessa dança

E danço de olhos cerrados

Canto para achar tua vida

Sussurro pra revelar tua sina!





Bruna Geovanini Varniër




Aguardando-o!


Sem esse tom que me acorda

Perco-me em pesadelos...

Afundo-me em medos

E gasto folêgo em desespero...

Preciso de um motivo para acordar,

Começar tudo de novo!

As palavras não obedecem

E a música do mundo nao me agrada

A melodia me entedia

E a poesia nao me anima...

A essência foge e a espera massacra

Teu perfume some e

Aqui estou eu, escrevendo outra vez

Sobre nós dois.

Agora o vento quer brincar

A melodia muda e o frio

Não existe mais

A tarde se despede e a noite

Quer chegar e mudar tudo!


Bruna Geovanini Varniër

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Distância



O quanto custa estar o tempo todo contigo?
Parece não ser suficiente o tempo que temos,
Nem o bastante o quanto ficamos juntos.
O quanto custa estar o tempo todo contigo?
Parece que há uma regra para diminuir esse tempo,
Ou uma condição para que estejamos lado a lado.
Quem disse que não podemos?

Quem inventou a ausência?
Esse espaço entre um sorriso e outro,
Essa ponte entre um abraço e outro.
Enquanto quero estar sempre sorrindo,
Sempre te abraçando.
Esses dias frios que vivo e essa pausa no sonho
Fazem-me esvaziar e querer-te mais.

Essa falta de sua essência e pele
Corroem-me o brilho e o cantar.
Nada flui sem seu olhar meigo
Nada se constrói sem seu toque
Nada é verdade sem sua voz.
Ah! Como eu queria poder beijar-te sem contar os segundos!

Esquecer-me do espaço em que estou e entregar-me ao fascínio que és!
Ah! Se eu pudesse prender-me aos seus lábios e desvendar sua doçura!
Cair no sono, enlaçada ao seu corpo, ouvindo sua respiração!
Ah! Se seus olhos pudessem estar sempre frente aos meus,
E eu pudesse decorar-me neles.
Usá-los como espelhos a todo instante.

Ah! Se essa poesia conseguisse te alcançar sem precisar correr!
Ah! Se pudéssemos rir disso tudo por ser mentira.
Mas não estás aqui agora. Não posso te ver enquanto escrevo!
Mesmo sabendo que queres isso.
Dói em mim seu pedido.

Perdoe-me.
Espere-me.



Bruna Geovanini Varniër

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Concretude


Não é a concretude dessa vida que me fará ficar
Nem a beleza daquilo que conheço que me fará tranquila
Quero mais do que aquilo que fui treinada pra ver
Mais do que aquilo que todos veêm
Não são as certezas que tenho e que ouço que me farão parar
Nem as cores que vejo que me chamarão a atenção
Quero outra atenção, quero ver outras coisas
Quero a segunda atenção

Não são meus segredos que me farão fugir
Nem o medo de encontrar eu mesma que me fará esconder
Quero visitar meu interior e descobrir como explorar o seu
Quero voar nas asas de um intento sem intentar
Quero querer, sem querer, ver você
Será parte de mim
Quero sonhar sem perder o chão

Quero desenhar meu sonho e perceber você
Quero poder fugir para seu olhar sempre que me perder
Quero poder me perder em seu beijo sem precisar fugir
Não serão as pessoas daqui que me farão abrir os olhos
Nem meu Eu me fará ficar
Quero ir além daquilo que me deram até hoje
Perder-me em portas de sonhos mais claros
Ouvir sons que não me acordarão
Não será meu corpo que me levará pra lá
Nem levarei aquilo que não quero
Levarei você
Onde quer que eu vá
Em qualquer mundo que eu conheça
Você será meu ponto de referência
Não será minha pobre mente que me impedirá de ir
Só por que eu quero ir.



Bruna Geovanini Varniër